quarta-feira, 23 de outubro de 2013






OVO DE RESISTÊNCIA


Você sabia que desde o trabalho de Sars (1901), quando conseguiu eclodir vários organismos de formas de resistência de sedimentos provenientes de São Paulo, que portanto, é o primeiro registrado de formas de resistência de cladóceros, copépodes e rotíferos no Neotrópico?

Agora responda: porque você acha que levou 100 anos para que o assunto começasse a ser estudado no Brasil? Comente abaixo!

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Você sabia?

Você sabe qual talvez seja o efípio mais primitivo dos Anomopoda?

Ophryoxus gracilis Sars 1861
 
Vc pode ver a descrição desta espécie nos links abaixo:
 
 

ou ler o artigo de Geoffrey Fryer (1972) que fala sobre estas espécies e faz observações sobre os efípios de alguns Macrothricidae. 
 
 
 
 

quinta-feira, 21 de março de 2013

Análise da estrutura e sucessão da comunidade perifítica relacionada a fatores ambientais em áreas de alta e baixa influência antrópica no baixo rio Negro, Manaus – AM, Brasil






Almeida, Fabiane Ferreira de


        O objetivo principal do trabalho será analisar a reposta da comunidade perifítica em áreas de alta, intermediária e baixa influência antrópica durante os períodos de seca e cheia no baixo rio Negro. Baseado nas informações apresentadas por estudos realizados na área e para efeito da amostragem do trabalho em questão, os últimos quilômetros do rio Negro serão divididos em três áreas em sua margem esquerda, a saber: 1) Área de baixa influência antrópica (ABI) à montante da cidade de Manaus; 2) Área de alta influência antrópica (AAI) em frente à cidade de Manaus; 3) Área de Influência Intermediária (AII). A ABI será delimitada a oeste pelo lago do Tatu (3º03’10.77’’S e 60º17’45.30’’W) e a leste pelo igarapé do Tarumã-Mirim (3º01’56.20’’S e 60º17’32.95’’W), o trecho acima possui, aproximadamente 20km, e ao longo deste trecho serão distribuídos quatro estações de amostragens. A AII será delimitada a oeste pelo igarapé do Tarumã-Mirim (3º01’56.20’’S e 60º17’32.95’’W) e a leste pelo Tarumã-Açu (3º02’42.65’’S e 60º 06’55.36’’W) o trecho acima possui, aproximadamente 10km, e ao longo deste trecho serão distribuídos quatro estações de amostragens. Por fim, a AIA será delimitada a oeste pelo igarapé do Tarumã-Açu (3º02’42.65’’S e 60º 06’55.36’’W) e a leste pelo Porto do Ceasa (3º09’44.59’’S e 59º 58’44.65’’W), o trecho acima, também possui, aproximadamente, 20km, e ao longo deste trecho, também, serão distribuídos quatro estações de amostragens, totalizando 12 pontos de amostragem (Figura).

Área de Amostragem (ABA – área de baixa influência antrópica; AII – área de influência antrópica intermediária; AAI - área de alta influência antrópica). Fonte: Modificado do Google Earth.
          Nas três áreas de amostragem (ABI, AII e AAI) será realizado um reconhecimento inicial, após o reconhecimento inicial e definição das estações de amostragem serão realizadas medidas in situ, com aparelhos portáteis, de oxigênio dissolvido, pH, condutividade elétrica da água, temperatura da água, turbidez. Também serão avaliados nitrato, nitrito, nitrogênio total, ortofosfato e fósforo total por meio de colorimetria e a demanda bioquímica de oxigênio também será avaliada. Também será realizada a determinação de coliformes termotolerantes.
           Em cada estação será realizada uma busca por ambientes que possam ser potenciais substratos para as algas perifíticas, ou seja, folhas submersas, rochas submersas, a parte de caules de árvores que estejam submersos e propícios à colonização, macrófitas aquáticas, dentre outros, o objetivo é tentar amostrar a maior diversidade de algas perifíticas nestas estações de amostragens nos dois períodos (seca e cheia). Onde serão calculados densidade total, riqueza, diversidade, equitabilidade.
       A partir dos dados gerados pelas analises físicas, químicas e físico-químicas e as analises dos parâmetros biológicos (algas perifíticas e bactérias termotolerantes) se procederá com as analises dos dados e discussão dos resultados. A primeira amostragem está prevista para o mês de junho de 2013, pois, baseado nos dados referentes às profundidades do rio Negro disponibilizadas pelo Serviço Geológico do Brasil, o mês de junho é onde está concentrado o maior número de episódios de picos de cheia.


Doutorado em Biologia de Água Doce e Pesca Interior
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia-INPA
Laboratório de Plâncton

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

(Artigo) Curso rápido de Cladocera

Este paper de 22 páginas é um intensivão didático que nos dá noções básicas e gerais acerca dos cladóceros. É importante para quem está começando a se inteirar sobre estes organismos porque explica sobre seus hábitats, alimentação, reprodução, formas de coleta, importância destes na paleolimnologia e até sobre o que é um cladócero (dentre outros). Prático e curto, por isso "short course"!

 Duigan, C. 2001. A Short Course Cladocera. University College Dublin, Ireland. 22pp.

Você já leu o artigo de Vandekerkhove et al, (2005b)?

"Uncovering hidden species: hatching diapausing eggs for the analysis of cladoceran species richness"


            Neste artigo os autores frisam a questão de que analisar bancos de ovos para estimar a riqueza de cladóceros em um determinado ambiente aquático é muito mais fidedigno e menos dispendioso do que realizar grandes amostragens na comunidade ativa. Na introdução é ressaltado o sucesso que muitos pesquisadores tiveram partindo desse princípio. Mas o interessante é que nos resultados e discussão, embora tenham obtido um grande número de espécies a partir do banco de ovos de lagos europeus, os autores frisam também as falhas que encontraram neste método, ainda que alegando ser ele o melhor. É um artigo fácil de compreender, transcorrendo nele exatamente o apresentado em seu título. Com nove páginas sendo duas de referências, é interessante ler.


Vandekerkhove, J.; Declerck, S; Brendonck, L.; Conde-Porcuna,J.M.; Jeppesen, E.; Johansson, L.S.; De Meester, L. 2005b. Uncovering hidden species: hatching diapausing eggs for the analysis of cladoceran species richness. Limnol. Oceanogr.: Methods 3, 399–407.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Você já leu o artigo de Alekseev (2004)?

"Effects of diel vertical migration on ephippia production in Daphnia"

Daphnia pulicaria (ancystrus.com.ar)
   
Neste artigo Victor Alekseev procura verificar se em lagos muito profundos as fêmeas de Daphnia pulicaria preferem realizar a migração vertical diária para fugir da predação por peixes do que produzir efípios. Ele observou que sim! E que removendo a predação por peixes, o fotoperíodo foi o fator preponderante para a produção e encerramento de ovos resistentes. No artigo ele ainda formula hipóteses sobre como o fotoperíodo pode influenciar no ciclo de vida desta espécie. O título do trabalho esclarece bem acerca do que decorre no texto. Possui 6 páginas, sendo que uma estão as referências. Fica a dica. 

Alekseev, V. 2004. Effects of diel vertical migration on ephippia production in Daphnia. J. Limnol., 63(Suppl. 1): 1-6.

Você já leu o artigo de Muntz (1978)?




“A penetração de luz nas águas de rios amazônicos”

Rio Cuieiras (ipe.org.br)

Este artigo é um clássico! É de 1978! O autor deste trabalho é da Universidade de Stirling, na Escócia. Neste “paper” ele dá ênfase aos diferentes tipos de água na Amazônia, conforme classificado por Wallace (1889) sendo estas águas brancas, pretas e claras. E que, portanto possuem diferentes penetrações de luz em seus ambientes aquáticos. A partir disso o objetivo dele foi fazer medições sobre a penetração de luz de diferentes comprimentos de onda em águas brancas e pretas. Ele apresentou medidas do lago Castanho ligado ao rio Solimões (água branca) e do Cuieiras, afluente do Rio Negro (água preta). O autor apresenta os resultados de forma suscinta e uma breve discussão que até mesmo menciona como essas diferenças nas penetrações de luz afetam os peixes e outros organismos aquáticos. As diferenças na penetração de luz podem, inclusive, diferir dentro de um mesmo corpo d’água, na época de enchente e vazante por exemplo, onde a densidade do fitoplâncton e o material em suspensão pode estar maior ou menor, o que provavelmente afeta a entrada de luz e traz implicações para os demais organismos aquáticos. Muito bom!




Muntz, W.R.A. 1978. A penetração de luz nas águas de rios amazônicos. Acta Amazônica, 8 (4): 613-619.