terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Você já leu o artigo de Vandekerkhove et al., (2004)?


Use of ephippial morphology to assess richness of anomopods: potentials and pitfalls


Vandekerkhove, J.; Declerck, S.; Vanhove, M.; Brendonck, L.; Jeppesen, E.; Conde-Porcuna, J.M.; De Meester, L. J. Limnol., 63(Suppl. 1): 75-84, 2004.

 Este trabalho tem uma abordagem bastante interessante porque os autores buscaram caracterizar morfologicamente efípios de cladóceros anomopodos a fim de correlacioná-los com suas respectivas espécies (depois de colocados para eclodir), e desta forma, estimar a riqueza específica a partir apenas de amostragem do sedimento.
Todo o texto de uma forma geral apresenta idéias claras, desde o título até a discussão. Os resultados são concisos e demonstram que apesar de ser fabuloso poder estimar a riqueza de espécies da comunidade zooplanctônica de um determinado local analisando apenas o sedimento, ainda existem muitas dificuldades para se conseguir isto. As dificuldades encontradas dizem respeito ao fato de que existe uma grande variabilidade morfológica intra-específica dos efípios e uma pequena diferença morfológica entre efípios de espécies de um mesmo gênero, tornando difícil caracterizar tal efípio como sendo de determinada espécie. Apesar destes impecilhos, os autores argumentaram que atualmente já existem pesquisas utilizando outras diferenças eficazes para separar efípios de espécies distintas como, por exemplo, o grau de pigmentação do efípio. Outra técnica que pode ser aliada a esta, que tem demonstrado grande eficácia é a identificação dos restos do exoesqueleto de cladóceros encontrados aderidos aos efípios.

 Por Laura Su-Ellen Fróes Calixto do Vale
Doutoranda em Biologia de Água Doce e Pesca Interior
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia-INPA
Laboratório de Plâncton- INPA/CBIO


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