Use of ephippial morphology
to assess richness of anomopods: potentials and pitfalls
Vandekerkhove,
J.; Declerck, S.; Vanhove, M.; Brendonck, L.; Jeppesen, E.; Conde-Porcuna,
J.M.; De Meester, L. J.
Limnol., 63(Suppl.
1): 75-84, 2004.
Este trabalho tem uma abordagem bastante
interessante porque os autores buscaram caracterizar morfologicamente efípios
de cladóceros anomopodos a fim de correlacioná-los com suas respectivas
espécies (depois de colocados para eclodir), e desta forma, estimar a riqueza
específica a partir apenas de amostragem do sedimento.
Todo o texto de uma forma geral apresenta idéias
claras, desde o título até a discussão. Os resultados são concisos e demonstram
que apesar de ser fabuloso poder estimar a riqueza de espécies da comunidade
zooplanctônica de um determinado local analisando apenas o sedimento, ainda
existem muitas dificuldades para se conseguir isto. As dificuldades encontradas
dizem respeito ao fato de que existe uma grande variabilidade morfológica
intra-específica dos efípios e uma pequena diferença morfológica entre efípios
de espécies de um mesmo gênero, tornando difícil caracterizar tal efípio como
sendo de determinada espécie. Apesar destes impecilhos, os autores argumentaram
que atualmente já existem pesquisas utilizando outras diferenças eficazes para
separar efípios de espécies distintas como, por exemplo, o grau de pigmentação
do efípio. Outra técnica que pode ser aliada a esta, que tem demonstrado grande
eficácia é a identificação dos restos do exoesqueleto de cladóceros encontrados
aderidos aos efípios.
Por Laura Su-Ellen Fróes Calixto do Vale
Doutoranda em Biologia de Água Doce e Pesca
Interior
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia-INPA
Laboratório de Plâncton- INPA/CBIO