quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

(Artigo) Curso rápido de Cladocera

Este paper de 22 páginas é um intensivão didático que nos dá noções básicas e gerais acerca dos cladóceros. É importante para quem está começando a se inteirar sobre estes organismos porque explica sobre seus hábitats, alimentação, reprodução, formas de coleta, importância destes na paleolimnologia e até sobre o que é um cladócero (dentre outros). Prático e curto, por isso "short course"!

 Duigan, C. 2001. A Short Course Cladocera. University College Dublin, Ireland. 22pp.

Você já leu o artigo de Vandekerkhove et al, (2005b)?

"Uncovering hidden species: hatching diapausing eggs for the analysis of cladoceran species richness"


            Neste artigo os autores frisam a questão de que analisar bancos de ovos para estimar a riqueza de cladóceros em um determinado ambiente aquático é muito mais fidedigno e menos dispendioso do que realizar grandes amostragens na comunidade ativa. Na introdução é ressaltado o sucesso que muitos pesquisadores tiveram partindo desse princípio. Mas o interessante é que nos resultados e discussão, embora tenham obtido um grande número de espécies a partir do banco de ovos de lagos europeus, os autores frisam também as falhas que encontraram neste método, ainda que alegando ser ele o melhor. É um artigo fácil de compreender, transcorrendo nele exatamente o apresentado em seu título. Com nove páginas sendo duas de referências, é interessante ler.


Vandekerkhove, J.; Declerck, S; Brendonck, L.; Conde-Porcuna,J.M.; Jeppesen, E.; Johansson, L.S.; De Meester, L. 2005b. Uncovering hidden species: hatching diapausing eggs for the analysis of cladoceran species richness. Limnol. Oceanogr.: Methods 3, 399–407.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Você já leu o artigo de Alekseev (2004)?

"Effects of diel vertical migration on ephippia production in Daphnia"

Daphnia pulicaria (ancystrus.com.ar)
   
Neste artigo Victor Alekseev procura verificar se em lagos muito profundos as fêmeas de Daphnia pulicaria preferem realizar a migração vertical diária para fugir da predação por peixes do que produzir efípios. Ele observou que sim! E que removendo a predação por peixes, o fotoperíodo foi o fator preponderante para a produção e encerramento de ovos resistentes. No artigo ele ainda formula hipóteses sobre como o fotoperíodo pode influenciar no ciclo de vida desta espécie. O título do trabalho esclarece bem acerca do que decorre no texto. Possui 6 páginas, sendo que uma estão as referências. Fica a dica. 

Alekseev, V. 2004. Effects of diel vertical migration on ephippia production in Daphnia. J. Limnol., 63(Suppl. 1): 1-6.

Você já leu o artigo de Muntz (1978)?




“A penetração de luz nas águas de rios amazônicos”

Rio Cuieiras (ipe.org.br)

Este artigo é um clássico! É de 1978! O autor deste trabalho é da Universidade de Stirling, na Escócia. Neste “paper” ele dá ênfase aos diferentes tipos de água na Amazônia, conforme classificado por Wallace (1889) sendo estas águas brancas, pretas e claras. E que, portanto possuem diferentes penetrações de luz em seus ambientes aquáticos. A partir disso o objetivo dele foi fazer medições sobre a penetração de luz de diferentes comprimentos de onda em águas brancas e pretas. Ele apresentou medidas do lago Castanho ligado ao rio Solimões (água branca) e do Cuieiras, afluente do Rio Negro (água preta). O autor apresenta os resultados de forma suscinta e uma breve discussão que até mesmo menciona como essas diferenças nas penetrações de luz afetam os peixes e outros organismos aquáticos. As diferenças na penetração de luz podem, inclusive, diferir dentro de um mesmo corpo d’água, na época de enchente e vazante por exemplo, onde a densidade do fitoplâncton e o material em suspensão pode estar maior ou menor, o que provavelmente afeta a entrada de luz e traz implicações para os demais organismos aquáticos. Muito bom!




Muntz, W.R.A. 1978. A penetração de luz nas águas de rios amazônicos. Acta Amazônica, 8 (4): 613-619.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Você já leu o artigo de Brede et al., (2007)?



“The contribution of differential hatching success to the tness of species and interspecic hybrids”.


Extraído do artigo
Neste artigo os autores foram em busca de analisar se de fato a comunidade ativa da região pelágica é um reflexo da comunidade dormente. Foram feitos experimentos de eclosão em laboratório com três espécies, sendo elas Daphnia galeata, D. hyalina e o híbrido delas. Foi observado que indivíduos híbridos e de D. hyalina conseguiam eclodir dos ovos de resistência, crescer e se reproduzir formando clones, mas isso não aconteceu com D. galeata, onde os indivíduos não eclodiram. Dos indivíduos das espécies que eclodiram os autores observaram que uma parte das fêmeas, depois de adultas, se reproduziam assexuadamente, outras não se reproduziam e uma pequena fração as fêmeas já produziam efípios, mesmo que não fossem ser fertilizados. Assim, os autores sugeriram que é altamente improvável encontrar populações planctônicas ativas que refletem populações dormentes. Ou seja, existe uma discrepância muito grande entre as duas comunidades. Será? Isso pode ser algo observado para o lago estudado por estes autores ou pode ser mensurado para os outros também? O artigo é de fato bem intrigante, com duas figuras esquemáticas que são didáticas e fáceis de compreender. Fica a dica.

Brede, N.; Straile, D.; Streit, B.; Schwenk, K. 2007. The contribution of differential hatching success to the tness of species and interspecic hybrids. Hydrobiologia, 594. pp 83-89.